A hipertensão ocular se desenvolve de maneira discreta, mas, quando não tratada, é capaz de levar à cegueira. Descubra suas principais causas e como evitá-la!
A hipertensão ocular, na maior parte das vezes, é uma doença que progride de maneira silenciosa. Em alguns casos, ela pode até mesmo se desenvolver, inicialmente, sem acarretar nenhum dano à visão ou à estrutura dos olhos do indivíduo. Por outro lado, quando não tratada de maneira adequada, pode evoluir para um quadro de glaucoma ou, inclusive, levar a pessoa à cegueira.
Infelizmente, é muito difícil fazer a identificação dessa patologia sem a realização de exames que promovam a aferição da pressão intraocular (PIO). Em condições normais, os níveis dessa leitura ficam entre 10 e 20 mmHg (milímetros de mercúrio). Em outras palavras, quando esta marca é ultrapassada, significa que o paciente já está sofrendo com essa enfermidade.
Geralmente, a hipertensão ocular acaba avançando sem apresentar sinais externos, como irritação nos olhos ou algum tipo de dor. Por esse motivo, o acompanhamento regular, feito por um médico especializado, é tão necessário. Além disso, essa condição pode atingir indivíduos de todas as idades, tendo maior incidência sobre pessoas com idade acima de 40 anos.
Descubra quais são as principais características dessa doença e quais as abordagens mais comuns para o seu tratamento. Confira!
O que é hipertensão ocular?
A hipertensão ocular se dá quando ocorre a produção excessiva de humor aquoso, um líquido que preenche o espaço que fica entre a córnea e a íris. Ele é composto por 2% de sais (predominantemente cloreto de sódio) e 98% de água. O tecido responsável pela sua formação é o chamado corpo ciliar, que tem como função proporcionar nutrientes ao cristalino e a outras estruturas, assim como, regular a pressão dos olhos.
Como se trata de uma disfunção que, em geral, não apresenta sintomas, o diagnóstico é feito, em primeiro lugar, com a análise do histórico do paciente. Se, por acaso, existirem outras pessoas na família com essa mesma doença, esse fato já é encarado como um sinal de alerta. Porém, ainda não é o suficiente. Então, para que haja a identificação correta, o médico oftalmologista pode requisitar um exame de tonometria.
Apesar de, inicialmente, essa ser uma patologia discreta, em alguns casos mais agudos, ela pode apresentar os seguintes sinais:
- Observação de arcos em volta das luzes;
- Diminuição da visão periférica;
- Vista turva ou embaçada;
- Aumento da pupila;
- Dor nos olhos;
- Fotofobia;
- Cefaleia;
- Vômitos;
Quais são as suas principais causas?
Muitas pessoas costumam fazer confusão entre a hipertensão ocular e o glaucoma. Entretanto, são situações distintas, apesar de se correlacionarem. A primeira representa uma pressão elevada nos olhos em decorrência de um desequilíbrio na produção do humor aquoso. Enquanto isso, a segunda (que pode ter origem quando a primeira não é tratada adequadamente) é uma neuropatia, ou seja, um distúrbio que afeta diretamente o nervo óptico.
Ainda que sejam condições diferentes, suas origens são praticamente as mesmas, o que talvez justifique, em parte, o equívoco de assimilar as duas patologias como se fossem uma só. Independentemente disso, é importantíssimo conhecer quais são as suas principais causas, para que você fique alerta, principalmente pelo fato de ambas serem disfunções inicialmente silenciosas.
Como falamos anteriormente, o fator genético e a produção excessiva de humor aquoso são algumas delas. Ao mesmo tempo, a baixa absorção desse líquido também pode causar aumento da pressão intraocular. Além disso, podemos citar também:
- Efeitos colaterais provenientes da administração de alguns medicamentos (como esteroides para o combate à asma, Prednisona ou Dexametasona, por exemplo);
- Doenças associadas (síndrome de pseudoexfoliação ou de dispersão de pigmento, arco corneal, entre outras);
- Lesões ou acidentes que desencadeiem desequilíbrios na drenagem dos líquidos oculares.
Além de estar atento a esses pontos, o acompanhamento médico é essencial para que haja a monitoração regular da saúde dos seus olhos. Afinal, toda enfermidade que é descoberta precocemente tem mais chances de ser curada. Conheça, agora, como é feito o tratamento. Continue lendo e entenda.
Como é realizado o tratamento?
Para evitar que haja dano no nervo óptico ou, na pior das hipóteses, a cegueira, é imprescindível que seja realizado o tratamento adequado. É possível controlar a alta pressão ocular. Se for um caso leve, muitas vezes o oftalmologista opta por apenas acompanhar o desenvolvimento, por meio de visitas e testes regulares. Em outros casos, o seu médico pode prescrever a utilização de colírios, associados ou não, a outros medicamentos.
Alguns remédios para glaucoma também podem ser utilizados. Tais como:
- Inibidores de anidrase carbônica;
- Agonistas alfa adrenérgicos;
- Parassimpaticomiméticos;
- Agentes hiperosmóticos;
- Betabloqueadores;
- Prostaglandinas;
- Epinefrina.
Quando a medicação não surte o efeito desejado, talvez seja necessária a intervenção cirúrgica. Com esse procedimento, o profissional procura aumentar o escoamento do humor aquoso dentro do globo ocular. Ou, em alguns casos, até mesmo reduzir ou eliminar uma parte da produção desse líquido.
A hipertensão ocular é uma doença que exige atenção por parte do paciente e do especialista por estar em constante alteração. Como você pôde perceber, excetuando as situações em que há algum sintoma aparente, geralmente, essa patologia se desenvolve de maneira discreta e gradual. Portanto, é importante reafirmar a necessidade de procurar sempre o acompanhamento médico adequado.
Muitos problemas oculares podem ser evitados, inclusive, durante a infância. Valorize o teste do reflexo vermelho para recém-nascidos e, desde cedo, procure um oftalmopediatra para verificar a saúde dos olhos do seu pequeno. Conheça também o que é a ambliopia e quais são os principais tipos de catarata, para saber como manter a saúde dos seus olhos em dia.Entre em contato com nossos atendentes e agende uma consulta com um de nossos especialistas.
