A catarata é uma doença que ataca o cristalino, deixando a visão opaca e pode levar à cegueira. Descubra quais são os principais tipos e previna-se!
Esta doença é uma das principais causas de cegueira tratável no mundo, ou seja, que apresenta possibilidade de tratamento. De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), 50% dos casos de perda total da visão têm relação direta com esta patologia, principalmente nas regiões mais pobres. Atualmente, podemos classificar quatro tipos de catarata: senil, congênita, traumática e secundária.
De um modo geral, ela atinge o cristalino, provocando opacidade na visão. Esse é um sistema celular que fica localizado entre a íris e o humor vítreo e tem como principal função auxiliar na formação das imagens. Graças a sua transparência, os raios de luz passam através dele, sendo projetados na retina. Em seguida essa informação é enviada ao cérebro, gerando assim, o fenômeno da visão.
Uma particularidade deste tipo de lesão é a sua evolução lenta. Geralmente, inicia-se em apenas um olho, passando para o outro posteriormente. Neste artigo, você vai conhecer quais são os principais sintomas, seus tratamentos e quais são os diferentes tipos de catarata. Acompanhe!
Conheça os principais sintomas da catarata
Inicialmente, a catarata pode até passar despercebida. Começa com uma sensação de embaçamento, como se houvesse uma leve névoa diante dos olhos. Com o tempo, o quadro tende a evoluir ao ponto de a pessoa enxergar apenas vultos. Algumas vezes, pode ser confundida com outras disfunções oculares, como a miopia e o astigmatismo. E em casos mais graves, pode levar à cegueira.
Para que a patologia não seja tomada como um quadro menos grave, é imprescindível que você procure um oftalmologista assim que notar qualquer tipo de alteração na visão. Acompanhe abaixo a lista com os principais sintomas:
- necessidade de troca de grau dos óculos ou lentes com maior frequência;
- alteração na percepção das cores (desbotadas e sem vida);
- dificuldade de enxergar em locais com pouca luminosidade;
- percepção de círculos (halos) em volta da luz;
- visão dupla em um dos olhos;
- fotofobia (sensibilidade à luz);
- sensação de embaçamento;
- imagem distorcida.
Além destes sinais, muitas pessoas queixam-se de dificuldades para dirigir, ler e caminhar. Idosos também tendem a ter um aumento na incidência de quedas, consequência direta dos problemas citados acima.
Saiba quais são os diferentes tipos de catarata
A catarata tem maior prevalência em indivíduos com idade mais avançada. Entretanto, não chega a ser uma regra. De acordo com o tipo, a ocorrência pode se dar em outras fases da vida. Suas origens também são diversas. Conheça os principais tipos abaixo.
Catarata senil
Esta é a forma mais comum e atinge pessoas a partir dos 55 anos de vida. Surge por meio do envelhecimento natural do cristalino. Apesar disso, não significa que todos desenvolvam essa doença. Fatores de risco sempre devem ser levados em conta no momento do diagnóstico. Neste caso, a lente do olho vai ficando cada vez mais opaca, perdendo sua transparência gradativamente.
Catarata Congênita
Como o próprio nome sugere, esta classificação se deve a condições genéticas. Normalmente, ocorre na idade de 6 meses a 1 ano de vida. Quando atinge crianças mais velhas, passa a ser chamada de catarata pediátrica. Está associada a infecções contraídas pela mãe durante a gestação, como a rubéola, sífilis e toxoplasmose, por exemplo.
Dependendo do local onde se dá a opacificação, ela recebe outras subclassificações. São elas:
- Nuclear: surge bem no centro no olho e é a forma mais comum de catarata congênita;
- Cerúlea: caracterizada por pequenos pontos azulados em ambos os olhos;
- Polar anterior: quando ocorre na parte frontal do cristalino;
- Polar posterior: opacidade na região posterior.
É essencial que seja feito o teste do olhinho em recém-nascidos. Assim, garante-se um diagnóstico precoce para início de um possível tratamento.
Catarata traumática
É muito comum que esta categoria ocorra em apenas um dos olhos, devido a sua natureza. Surge após algum evento traumático como lesão ocular, perfuração, ou ainda, em consequência de algum tratamento que envolva radiação. Por se tratar de uma catarata que se manifesta em decorrência de algum tipo de acidente, não há uma idade certa para acontecer.
Atualmente, graças aos avanços em relação às técnicas cirúrgicas, é possível atingir grande êxito na recuperação. Mas, cada caso tem sua particularidade. Dependendo do ferimento outras estruturas oculares podem ser afetadas, trazendo maior complexidade ao tratamento.
Catarata secundária
Por fim, esta denominação se refere a causas relacionadas ao estilo de vida do indivíduo. Também existe a ligação com outras doenças correlacionadas. O uso excessivo de medicamentos, principalmente anti-inflamatórios e corticoides, também é considerada uma das origens desse mal. Entre os principais fatores de risco podemos citar:
- exposição intensa a raios ultravioleta;
- terapia de reposição hormonal;
- consumo exagerado de álcool;
- hipertensão;
- obesidade;
- tabagismo;
- diabetes.
Descubra quais os principais tratamentos para a catarata
Muitos estudos e pesquisas estão em andamento buscando uma forma de prevenir ou retardar o avanço da catarata. No entanto, atualmente, o único tratamento viável é o procedimento cirúrgico. Esse método é conhecido como facoemulsificação. Primeiramente, aplica-se uma anestesia local. Em seguida, quebra-se o cristalino opaco em pequenos pedaços que serão aspirados posteriormente. Por fim, é feito o implante da lente intraocular.
O procedimento é rápido, indolor e você pode buscar esse tratamento logo após o diagnóstico. Realizar essa operação quanto antes garante melhor recuperação e reduz as chances de sequelas.
O diagnóstico para essa doença é realizado por meio de histórico médico. Além disso, a análise oftalmológica de rotina também auxilia. Outros testes realizados são o teste de acuidade visual, exame de retina, exame de lâmpada de fenda, oftalmoscopia e tonometria.
A melhor maneira de prevenção para todos os tipos de catarata é, em primeiro lugar, estar atento aos sinais, ter uma dieta saudável e reduzir o consumo de álcool e cigarro. Consultar um oftalmologista com frequência e fazer exames de rotina também é fundamental.Entre em contato conosco e agende uma consulta com um de nossos especialistas! Temos uma equipe de oftalmologistas à sua disposição para esclarecer suas dúvidas.