A OMS aponta que 13% da população mundial já teve contato com o herpes genital. Por isso, é preciso cuidar dos sintomas e da prevenção. Leia o artigo e saiba como!
O cuidado com a saúde integral passa, a todo momento, pela prevenção. É assim com as infecções sexualmente transmissíveis, por exemplo. Isso porque o tratamento pode ser difícil e a doença não ter cura. Uma delas, o herpes genital, é o tema do artigo de hoje. Continue a leitura e saiba mais sobre os sintomas e formas de tratamento.
Conheça o vírus que causa herpes genital
Herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Dessa forma, é transmitida por contato íntimo ou relação sexual sem proteção. Ela é originada pelo vírus herpes simplex (HSV), conhecido pelas lesões causadas na pele e na mucosa dos órgãos sexuais de homens e mulheres. Em resumo, o HSV que ocasiona bolhas e feridas na região genital é o tipo 2. Já o que se apresenta na área do rosto (boca, olhos e nariz) é do tipo 1.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 3 bilhões de pessoas com menos de 50 anos estão infectadas com o tipo 1. Isso corresponde a 67% da população mundial. Já o tipo 2 está presente no organismo de 13%, o que representa 491 milhões de pessoas. A entidade aponta que é um problema global, mas que África e Américas lideram os números de casos.
Saiba quais são os sintomas e o tratamento para herpes genital
Boa parte da população infectada com herpes genital fica assintomática por vários anos. Contudo, após o contato direto com alguém com a infecção ativa, os primeiros indícios surgem depois de 2 a 10 dias. Esse contato acontece na relação sexual sem o uso de preservativos ou mesmo no toque da pele. Mães também podem transmitir a doença para o feto durante a gestação ou na hora do parto.
Os sintomas mais comuns do quadro de herpes genital são:
- Inflamação dos gânglios;
- Formigamento;
- Vermelhidão;
- Febre baixa;
- Ardência;
- Coceira.
Em seguida, surgem os sinais mais característicos da doença: a formação de pequenas bolhas. Esse é o momento mais transmissível da infecção, apesar de não ser o único.
De acordo com a Dra. Fernanda Loureiro, ginecologista e obstetra no Centro Médico Martins, os sintomas podem voltar a se manifestar. “Após a primeira infecção, o vírus fica no organismo e pode retornar a qualquer momento. Geralmente, ele reaparece com frequência quando temos alguma alteração na imunidade. Por isso, é muito importante avaliá-la em todas as consultas”.
Herpes genital é uma doença que não tem cura. Isso quer dizer que, uma vez infectada, a pessoa vai ter o vírus circulando na corrente sanguínea por toda a vida. Contudo, há formas de tratamento dos sintomas, com a correta higiene corporal e o uso de medicamentos antivirais, por exemplo.
Descubra o que aumenta a ocorrência das crises
Quando aparece mais de 6 vezes ao ano, está caracterizado o herpes de repetição. Nesses casos, o infectologista e o dermatologista também devem ser consultados. Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de novas aparições. Veja a lista a seguir.
- Uso prolongado de antibiótico;
- Traumas no local;
- Exposição ao sol;
- Menstruação;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Estresse;
- Insônia.
Além disso, pessoas com câncer, transplantados ou que vivem com HIV podem ter episódios com mais frequência. Isso porque elas se encaixam no grupo de pacientes imunodeprimidos, ou seja, os mecanismos de defesa do corpo estão enfraquecidos.
Entenda quais são as melhores formas de prevenção do herpes genital
A Sociedade Brasileira de Dermatologia analisa que 99% da população adulta adquiriu imunidade ao HSV na infância e adolescência. Isso quer dizer que essas pessoas já tiveram alguma forma de contato com o vírus. Porém, é importante manter relações sexuais seguras, sempre com o uso de preservativos. Além disso, não compartilhar objetos de uso íntimo também é relevante.
Por mais que a maior parte da população já tenha sido infectada, é essencial não ser um vetor da doença. Caso perceba algum dos sintomas citados, procure imediatamente um médico. Ademais, se você já sabe que tem a infecção, é indispensável manter a imunidade alta, para que ela não volte a se manifestar. O momento em que está ativa é quando tem mais riscos de contaminação.
Há pessoas que percebem que a volta dos sintomas está ligada a fatores de saúde mental. Nesses casos, é importante buscar orientação de psicólogos e psiquiatras.
Complicações em casos de herpes tipo 2
A OMS aponta que a infecção do tipo 2 aumenta em até 3 vezes o risco de adquirir o HIV. Além disso, pessoas com as duas infecções têm maior probabilidade de transmitir o HIV. Esse grupo também tem mais chances de ter recidiva, ou seja, o retorno dos sintomas.
Em indivíduos com HIV avançado, o herpes genital pode levar a doenças como esofagite, meningoencefalite, hepatite, pneumonite e necrose retinal. Contudo, esses casos são raros.
Como foi dito, a mãe também tem possibilidade de passar herpes genital para o bebê, principalmente durante o parto vaginal. Essa é a chamada herpes neonatal. Ela é capaz de levar a deficiências neurológicas e até à morte.
As chances de acontecer são piores quando a gestante tem contato com o vírus pela primeira vez durante a gestação. Isso porque ela ainda não tem os anticorpos para lidar com a doença.
Um dos exames de rotina feito pelas mulheres é o papanicolau. Com ele, é possível detectar doenças como câncer do colo do útero, gonorreia, clamídia, sífilis e até a herpes genital. Leia o artigo e saiba tudo sobre o procedimento!