Você sente ou já sentiu dor durante o sexo? Relatou a um médico? Isso é importante! Saiba o que é a dispareunia e conheça algumas razões para que ela aconteça.
A relação sexual deve ser um ato prazeroso entre duas pessoas. Contudo, há mulheres que sentem dor nesse momento e não sabem ao certo se é natural e o que poderia ser feito para melhorar. Adiantamos, desde já, que não é normal. A dispareunia atinge muitas pessoas. Em razão de fatores culturais, religiosos e de educação, elas acabam se calando e não buscam ajuda. No artigo de hoje, conheça alguns motivos que podem estar causando essas dores durante a relação.
Dispareunia, a dor na relação sexual
A palavra pode assustar, mas o significado é simples: dor durante o sexo. Ela pode ser sentida desde o início das preliminares e prolongar-se até dias depois do fim do ato. Os motivos que levam a mulher a se calar diante da dispareunia são vários. Há vergonha, falta de compreensão sobre o funcionamento do corpo e, também, aspectos culturais. Assim, ela é ensinada a não reclamar e a tratar sexo como tabu.
11 causas para dispareunia que talvez você não conheça
É preciso ter em mente que a dor na relação não é apenas sobre o sexo. É um fator de qualidade de vida e um possível sintoma de outros distúrbios. Por isso, é importante não ignorar. A seguir, conheça 11 condições que podem causar dispareunia. Continue a leitura!
1. Endometriose
A endometriose é uma doença muito dolorosa e que influencia nos incômodos durante a penetração. Ela pode passar despercebida durante anos, já que muitas mulheres estão acostumadas a sentir cólicas menstruais. Porém, na endometriose, há uma migração do endométrio para outros locais, como colo do útero, intestino, bexiga e pelve. Então, causam pequenas lesões e desconforto em vários órgãos.
2. Vaginismo
Vaginismo é o nome dado a contrações involuntárias fortes dos músculos do assoalho pélvico. Assim, com a musculatura rígida, a penetração se torna mais difícil. Existem vários fatores capazes de causar essa tensão. Uma boa parte deles está ligado a questões psicológicas como medo, insegurança, vulnerabilidade e até episódios traumáticos, como estupros.
Contudo, essas contrações podem ter um princípio físico. Por isso, mulheres com endometriose ou que sofreram episiotomia (incisão no períneo) durante o parto, por exemplo, devem ficar atentas. Esses são alguns precedentes para ter vaginismo.
3. Vulvodínia
A vulvodínia, também chamada de vestibulite vulvar, é uma condição crônica caracterizada pela dor na área da vulva, semelhante a uma ardência que não passa. Além da relação, qualquer tipo de pressão pode ser um gatilho para o desconforto, como passar muito tempo sentada ou tentar usar absorvente interno.
4. Prolapso genital
Esse tipo de prolapso é caracterizado pela descida de órgãos como útero, bexiga, uretra ou reto pelo canal vaginal. O distúrbio se desenvolve em razão do enfraquecimento do assoalho pélvico, responsável por manter todos esses órgãos no lugar.
5. Atrofia vaginal
Quando há um afinamento da mucosa, o canal vaginal se torna mais frágil. Assim, a penetração pode causar lesões. A atrofia vaginal é mais comum depois da menopausa, quando há uma queda do estrogênio, que possibilita essa modificação na região.
Segundo um estudo, 56% das mulheres na menopausa entrevistadas relataram sintomas de atrofia vaginal, sendo 76% desses casos considerados graves. Além disso, 75% desconheciam a natureza crônica da doença.
6. Vulvovaginite
A vulvovaginite também causa dor na vulva. Porém, diferentemente da vulvodínia, é uma inflamação motivada por bactérias, fungos ou protozoários. Assim, a mulher sente ardência e coceira. Então, quando coça ou tem relações, aumenta as fissuras e ocorre a dispareunia.
7. ISTs
Várias infecções sexualmente transmissíveis (antigamente chamadas de DSTs) causam incômodo e até sangramento durante o sexo. Isso porque a coceira e a presença de feridas, verrugas ou úlceras são sintomas para grande parte delas. Logo, mulheres com gonorreia, clamídia, donovanose, herpes, tricomoníase ou Doença Inflamatória Pélvica, por exemplo, vão sentir dor na relação.
8. Bartolinite
A bartolinite é uma doença que afeta as glândulas de Bartholin, responsáveis pela lubrificação vaginal. Então, quando o canal é obstruído, ocorre a formação de cistos. Se eles infeccionam, causam bartolinite. É uma condição bastante dolorosa. Os outros sintomas são: inchaço, vermelhidão, pus e calor no local. Algumas mulheres chegam a ter febre.
9. Síndrome do Intestino Irritável
No caso da Síndrome do Intestino Irritável, a dor não está relacionada com os órgãos sexuais, diretamente. Nesse distúrbio, há uma grande produção de gases, distensão abdominal e constipação. Por afetar órgãos que estão próximos ao canal vaginal, pode causar dispareunia.
10. Falta de lubrificação
A falta de lubrificação também pode estar ligada a outros fatores que não a bartolinite. Para que a penetração ocorra sem causar dor, é preciso que a mulher esteja relaxada e lubrificada. Por isso, as preliminares são essenciais. Elas estimulam a produção natural desse líquido que diminui o atrito e, consequentemente, os incômodos.
As mulheres que estão passando pelo climatério ou já chegaram à menopausa precisam ficar atentas à diminuição da lubrificação. Isso porque ela pode ser resolvida com a reposição hormonal.
11. Fatores psicológicos
Ansiedade, depressão, estresse e preocupações são capazes de impedir que a mulher entre no clima para a relação sexual. Assim, o relaxamento e a produção da lubrificação ficam prejudicados. Para os quadros persistentes, é necessário buscar ajuda de psicólogos e psiquiatra.
Percebeu como é importante consultar um médico ao sentir dor na relação? Só nesse artigo mostramos 11 problemas que precisam ser tratados e que tem como sintoma a dispareunia!
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