Incontinência urinária em homens: causas, sintomas e tratamento

Incontinência urinária em homens: causas, sintomas e tratamento

A incontinência urinária masculina, mesmo sendo um problema comum, causa bastante constrangimento ao paciente. Leia este artigo e entenda mais sobre essa condição.

 

Costumamos ouvir por aí que os homens procuram com menos frequência o atendimento médico. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Ministério da Saúde e IBGE, essa informação é correta! O levantamento diz que apenas 69,4% do sexo masculino buscam por atendimento médico no Brasil. Muitos, por vergonha, acabam deixando de tratar problemas de saúde como a incontinência urinária masculina.

Essa condição é caracterizada pela perda, parcial ou total, da urina. Ou seja, o paciente que apresenta esse problema, não consegue controlar a secreção e acaba eliminando-a sem sua vontade própria. Apesar de ser mais comum em mulheres, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, 15% dos homens brasileiros acima dos 40 anos apresentam esse problema.

Para ajudá-lo a entender melhor esse assunto, preparamos este artigo. Nele, traremos informações sobre causas e fatores de risco da incontinência urinária masculina. Também, compartilharemos as formas de tratamento para você perder a vergonha de ir ao especialista. Acompanhe!

 

Incontinência urinária masculina: entenda mais sobre essa condição

Um dos problemas de saúde que causam bastante constrangimento é a incontinência urinária masculina. Quando o paciente apresenta essa condição, não consegue controlar o trato urinário e o xixi acaba “escapando” involuntariamente. Inclusive, essa é a evidência que mais facilita a identificação do problema. Claro que nem sempre, a bexiga é esvaziada por completo. Há casos em que apenas algumas gotas de urina ficam na cueca após o homem ir ao banheiro. Em outros, há vontade incontrolável de urinar.

Naturalmente, há uma perfeita sincronia entre bexiga e esfíncter ― músculo que fecha e abre a uretra, permitindo a saída ou permanência do fluido no órgão. Quando tudo está bem no sistema urinário, o homem consegue manter a bexiga cheia com até 500ml de xixi. Se não houver essa conexão entre as partes do corpo, o paciente não consegue conter o trato urinário. E é onde ocorre a perda involuntária.

A incontinência urinária masculina afeta de forma negativa a vida do homem, pois o incômodo e vergonha que causa, afetam a qualidade de vida. Também, pode interromper o sono e abalar a autoestima e o estado psicológico.

 

Conheça os tipos de incontinência urinária masculina

Existem quatro tipos de incontinência urinária masculina, o que pode influenciar em sua forma de manifestação. Somente uma avaliação médica poderá identificar cada caso.

 

Incontinência por esforço

É quando as perdas ocorrem por meio de ações de esforços, que aumentam a pressão abdominal. Ou seja, o fato que pode desencadear a perda urinária é um espirro, uma tosse, uma risada, uma mudança brusca de posição, entre outros.

Nessa condição, o esfíncter não consegue funcionar, por isso, não há o controle do homem sobre seu corpo. Geralmente, ocorre em pacientes que passaram por cirurgia de próstata.

 

Incontinência de urgência

Também conhecida como bexiga hiperativa, ocorre quando há vontade repentina de fazer xixi, ao ponto de ficar difícil chegar ao banheiro a tempo.

Normalmente, ocorre por um bloqueio do fluxo da urina, em função do aumento da próstata.

 

Incontinência urinária por transbordamento

Neste caso, a bexiga nunca se esvazia completamente. Assim, fica resquício de urina no órgão, provocando incômodos e dores.

Ocorre quando há um bloqueio do fluxo do líquido da próstata, em função da flacidez do músculo no local.

 

Enurese Noturna

É a incontinência urinária que ocorre à noite, no período de sono. Assim, o indivíduo não consegue controlar a bexiga e uretra, tendo perda da urina enquanto dorme.

 

Causas da incontinência urinária masculina e fatores de risco

Há diversas causas para a incontinência urinária masculina, que pode ser uma condição temporária ou permanente. Dessa forma, traumas, doenças neurológicas ou contrações involuntárias da bexiga, sequelas de cirurgia no sistema urinário são algumas das causas do problema.

Entretanto, a maior incidência ocorre pelo enfraquecimento do esfíncter da uretra, pós-prostatectomia radical ou parcial. Então, conforme a Dra. Fernanda Bellomo, fisioterapeuta pélvica aqui na CM Martins, “os homens que passam pelo procedimento cirúrgico, tirando parte da sua próstata, ou ela inteira, acabam, por vezes, tendo perda urinária”.

 

Fatores de risco para a incontinência urinária em homens

Embora existam diversas causas para a incontinência urinária masculina, há alguns homens que apresentam maiores chances para o desenvolvimento da condição.

Assim, são considerados fatores de risco para esse problema:

  • Problemas na próstata, como a hiperplasia benigna e câncer;
  • Doenças no sistema nervoso, como Parkinson e Alzheimer;
  • Constipações constantes;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Infecções urinárias;
  • Diabetes Mellitus;
  • Idade avançada;
  • Obesidade;
  • Tabagismo.
 

Como é o diagnóstico e tratamento

O diagnóstico desse problema é feito, normalmente, pelo urologista. Em consulta, o médico fará algumas perguntas, a fim de identificar os sintomas e, assim, deduzir o tipo de incontinência urinária que o paciente apresenta. Também, levará em consideração o histórico clínico e familiar.

Junto a isso, o profissional realizará o exame clínico, com o objetivo de descobrir se está tudo bem com a próstata. Além disso, irá solicitar exames de imagem e de urina para saber com mais precisão o real problema do paciente.

Após descobrir qual a causa e o tipo de incontinência urinária, o profissional iniciará o tratamento. A primeira opção será o uso de medicamentos específicos para a condição, ou para tratar alguma complicação decorrente do problema, ou que causou ele. Caso seja diagnosticada a curto prazo, o profissional poderá indicar o uso de dispositivos como sondas de látex e produtos de armazenagem de urina. Além do uso de um clamp peniano, que é um anel inserido ao redor do pênis para controlar a saída do fluido.

Também, é muito indicada a fisioterapia pélvica. A Dra. Fernanda, diz que essa opção pode ser realizada por meio da gameterapia. Ou seja, “o paciente vai até o consultório, passa por uma avaliação e a sua terapia acaba sendo divertida. Ele vai jogar videogame e treinar o seu assoalho, através de eletroestimulação”. Inclusive, os exercícios dessa modalidade de tratamento, fortalecem os músculos da região, contribuindo para a melhora do caso.

Quando nenhuma das opções funciona, é recomendado o procedimento cirúrgico. Este consiste na inserção de um esfíncter urinário artificial para realizar o controle da urina.

 

Conseguiu entender um pouco mais sobre a incontinência urinária masculina? Caso ainda tenha alguma dúvida, agende uma consulta com os nossos especialistas. Somente eles poderão avaliar cada caso e receitar a melhor opção de tratamento.

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