A infecção urinária na gestação é bastante comum. Porém, se não tratada cedo, pode resultar em algumas complicações. Leia este artigo e saiba mais sobre a doença.
Durante a gravidez, é comum que as gestantes sintam, com mais frequência, vontade de fazer xixi. Inclusive, esse é um dos primeiros sintomas de que a mulher está esperando um bebê. Porém, essa necessidade constante, somada àquela sensação de bexiga sempre cheia pode ser indício de um problema. É a infecção urinária na gestação.
De acordo com o Manual Técnico de Pré-natal e Puerpério, do Ministério da Saúde, essa é uma doença frequente nas futuras mamães. Estima-se que de 15% a 20% das gestantes terão, pelo menos, um quadro de infecção urinária nesse período. Sendo que dessa porcentagem, de 2 a 10% são por bactérias e de 1 a 2% de uma complicação, chamada de pielonefrite.
Para saber mais sobre como esse problema afeta as mulheres grávidas, continue a ler este artigo. A seguir, nós esclareceremos algumas das suas dúvidas sobre a infecção urinária na gestação. Acompanhe!
Como se dá a infecção urinária na gravidez
A gestação é um momento esperado por muitas mulheres e suas famílias. Porém, esse período provoca algumas transformações na vida da gestante. As mais aparentes são as físicas: os seios começam a crescer, assim como a barriguinha da mamãe. Mas outras mudanças que chamam a atenção são as internas. A modificação da musculatura dos órgãos urinários favorece o refluxo da urina e a dilatação dos ureteres. Também, ocorre uma alteração hormonal. Todos esses fatores podem ajudar no aparecimento da infecção urinária.
A Dra. Fernanda Loureiro, ginecologista aqui na CM Martins, explica que esse problema “é muito comum, porque a imunidade da gestante está diminuída”. Assim, qualquer infecção que atinja o trato urinário pode ser classificada nesse quadro. Ou seja, nos rins (pielonefrite), na bexiga (cistite) e na uretra (uretrite).
Ainda, existe outra infecção conhecida, a chamada bacteriúria assintomática. Essa ocorre devido à presença de bactérias no trato urinário (que é um ambiente estéril, ou seja, livre de micro-organismos). O problema é detectado com um exame de urina e, na maioria das pessoas, não possui relevância. Porém, quando isso acontece em uma gestante, deve ser avaliado melhor pelo profissional de saúde.
Isso se dá porque as mulheres nesse período têm mais chances de terem infecção urinária quando apresentam essas bactérias. Na sequência, você confere as complicações que esse micro-organismo pode causar.
Complicações da infecção urinária na gravidez
Como mencionamos, na gravidez, acontecem muitas mudanças na mulher e elas aumentam o risco da presença de bactérias no trato urinário. Assim, quando é detectada a bacteriúria em gestantes, mesmo sem sintomas de infecção, é comum que o médico receite algum medicamento. Isso porque, se não tratadas a tempo, podem gerar complicações como cistite e pielonefrite. Normalmente, as duas doenças são causadas pela E.coli.
A infecção da bexiga acontece da mesma forma que uma cistite comum. A diferença é que nessa situação é mais grave porque o aumento do útero atrapalha o esvaziamento da bexiga. Isso favorece o acúmulo de urina por mais tempo que o normal, aumentando, assim, o risco da reprodução das bactérias.
Já a infecção no rim é a desordem mais comum do trato urinário em gestantes. Essa é uma doença mais grave que a cistite e, se não tratada a tempo, pode levar à sepse, com choque circulatório e insuficiência respiratória. Quando ocorre esse quadro, a gestante pode ter febre, calafrios e dores nas laterais do abdômen.
É importante dizer, também, que a infecção urinária na gestação, se não tratada corretamente, pode causar aborto espontâneo e problemas para o bebê, como:
- Falta do crescimento intra-uterino;
- Nascimento abaixo do peso;
- Morte da criança ao nascer;
- Asma na infância;
- Parto prematuro;
- Pneumonia.
Sintomas de infecção urinária em grávidas
Segundo a Dra. Fernanda, “a gestante não costuma identificar muitos sintomas”. Afinal, como mencionamos no início deste artigo, um dos principais sinais da doença é a vontade constante de fazer xixi. Além disso, há maior sensação de peso na bexiga, nos dois quadros.
Os demais sinais, são semelhantes ao de infecção urinária em pessoas que não estão grávidas. Sendo assim, podemos mencionar:
- Vontade de urinar mesmo com bexiga vazia;
- Urina turva ou com presença de sangue;
- Dificuldade em controlar a bexiga;
- Dor ou ardência para urinar.
A Dra. Fernanda, ainda, explica que “se a paciente apresentar dor embaixo do ventre, cólicas, ardência, náuseas, aumento da frequência e do odor urinário, costumamos solicitar alguns exames para investigação”.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da infecção urinária na gestação é feito por meio de um exame de urina tradicional, assim que a paciente apresentar sintomas. Porém, como essa doença é mais difícil de identificar os sintomas nas futuras mamães, conforme a Dra. Fernanda, os “profissionais costumam solicitar exames durante o pré-natal”. Normalmente, a cada três meses.
Se constatada a infecção urinária, o profissional, geralmente, prescreve antibióticos no tratamento. Como não somos a favor da automedicação, não compartilharemos os nomes das substâncias mais indicadas. Para isso, o ideal é consultar o seu médico.
Após o fim do tratamento, o obstetra solicitará outro exame de urina para confirmar o fim da infecção. Se ela ainda persistir, o uso do medicamento deverá ser retomado. A Dra. Fernanda enfatiza que “é muito importante a realização do pré-natal”. Ele ajudará o profissional a acompanhar todo o quadro de saúde da gestante durante a gravidez.
Conseguiu tirar algumas das suas dúvidas sobre a infecção urinária na gestação? Se você está esperando um bebê e está com algum sintoma, ou conhece alguém que esteja, o mais indicado é procurar um especialista. Aqui na CM Martins, temos excelentes profissionais, que prezam por um atendimento acolhedor e humanizado, como a Dra. Fernanda. Entre em contato e agende sua consulta.
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