A dor crônica é o principal sintoma das síndromes miofasciais, que atingem os músculos e podem comprometer o bem-estar do paciente. Leia este artigo e saiba mais!
Alguns pacientes chegam ao consultório médico com queixas de dores repetidas e constantes em pontos determinados no corpo. E, mesmo utilizando medicamentos, elas não passam. Nesses casos, provavelmente, o indivíduo tenha algum distúrbio que se encaixe nas síndromes miofasciais.
Esse termo lhe parece familiar, ou já ouviu falar nele, mas tem algumas dúvidas? Então, continue lendo este artigo. Você poderá saber mais sobre o que é esse problema, de modo geral, assim como o diagnóstico, tratamento e como prevenir. Acompanhe!
Entenda melhor o que são as síndromes miofasciais
As síndromes miofasciais atingem os músculos, o tecido conectivo e fáscias (tecidos de revestimento que envolvem estruturas do nosso corpo). São caracterizadas pelo principal sintoma: uma dor crônica muscular que ocorre em regiões específicas do corpo, quando são pressionadas. Essas são chamadas de ponto gatilho (PG).
Descritos como zonas dolorosas, hiperirritáveis e localizadas dentro de um músculo, os PGs são desencadeados por vários fatores. Entre eles, sobrecarga e fadiga muscular, excesso de trabalho do tecido ou traumas locais, má postura, exercício excessivo, entre outros. Quando são pressionados, provocam dor crônica, formigamentos, contraturas prolongadas, sensação de rigidez e dificuldade de movimentação. Tudo isso no tecido muscular!
Os pontos gatilhos são mais comuns nas costas, ombros e pescoço. Porém, podem ocorrer na face, o que resulta em problemas oculares como lacrimejamento, vermelhidão e olhos secos.
Fatores de risco para as síndromes miofasciais
Além dos fatores desencadeantes que citamos acima, ainda há outras situações que podem ser de risco para o surgimento do problema. Entre elas:
- Estresse, ansiedade e tensão emocional;
- Dieta carente de proteínas e vitaminas;
- Insônia e outros distúrbios de sono;
- Uso abusivo de drogas e álcool;
- Alterações intestinais;
- Flacidez muscular;
- Sedentarismo.
Assim, segundo o Dr. Thiago Barbosa, ortopedista aqui na CM Martins, “as dores musculares, por todo o corpo, sejam agudas ou crônicas, têm inúmeras origens”. O nosso especialista ainda diz que as síndromes miofasciais podem ter início de contratura muscular ou de doenças idiopáticas, como a fibromialgia.
Fibromialgia
“Um dos exemplos de doenças que se enquadram no grupo das síndromes miofasciais é a fibromialgia”. Essa é uma condição neurológica crônica que causa dor generalizada no corpo e que aumenta a chance da ocorrência desse incômodo. Além disso, pode acompanhar outros sinais. Tais como: maior sensibilidade em pontos específicos do corpo, cansaço excessivo, dor de cabeça recorrente, insônia, problemas de memória e concentração.
Os principais pontos gatilhos da fibromialgia são: parte superior dos ombros, nuca, laterais do quadril, joelho e cotovelos. Esse distúrbio é mais comum em mulheres que em homens. Geralmente, os primeiros sinais costumam aparecer entre os 30 e 50 anos.
Veja como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da dor crônica é feito durante a consulta com o especialista. Além de perguntas referentes aos sintomas, o profissional dá importância ao histórico do paciente. Feito isso, parte para o exame físico e analisa os músculos em que o paciente sente dor.
Nesse momento, o médico leva muito em consideração se há presença dos pontos gatilhos. Isso porque os nódulos não costumam aparecer nos exames de imagens.
Segundo o Dr. Thiago, “o diagnóstico completo e tratamento adequado fazem com que o paciente tenha uma melhora da dor e da qualidade de vida”. Na sequência, você conhecerá as formas de terapia para as síndromes miofasciais.
Saiba como tratar o problema
O tratamento para a dor crônica deve ser realizado por um ortopedista e pelo fisioterapeuta. Seu objetivo é aliviar o incômodo e o desconforto e pode utilizar alguns meios para isso, isolados ou associados. A opção mais comum é o uso de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Há casos em que o médico indica realizar infiltrações, com solução fisiológica salina, no ponto gatilho.
Além disso, a realização de exercícios de alongamento colaboram para a melhora do quadro. As atividades podem ser feitas com a ajuda de outra pessoa, como o fisioterapeuta ou de forma ativa, onde o próprio paciente efetua o alongamento.
Uma prática utilizada, também, no tratamento é a liberação miofascial. Dentes elas, podemos citar:
- Alongamentos com spray congelante;
- Infiltração com anestésico;
- Massagens com pressão;
- Termoterapia por adição;
- Agulhamento seco;
- Eletroterapia.
Outra indicação que é bastante utilizada para o alívio da dor crônica muscular é o uso de compressas quentes. O recomendado é deixá-las por 20 minutos sobre o ponto gatilho.
Conheça as formas de prevenção
Não é nada agradável viver com dor crônica, seja ela isolada, ou em diversas partes do corpo. Por isso, achamos importante compartilhar que há algumas atitudes que você deve acrescentar na sua rotina para evitar as síndromes miofasciais.
Então, pratique atividade física regular e com a ajuda de um profissional. Não se esqueça de descansar entre um exercício e outro e de realizar o alongamento. Inclusive, essa prática pode ser inserida durante todo o seu dia. Faça pequenas pausas para se alongar. E, claro, mantenha uma alimentação saudável, rica em proteínas e vitaminas.
E a sua postura, como ela está? É muito importante mantê-la correta em todas as tarefas e não só nas atividades físicas. Tanto que não se recomenda ler na cama, dormir no sofá, sentar de qualquer jeito ou outra ação que deixará a sua coluna em desarmonia.
Outra dica é buscar diminuir o estresse, pois, como vimos, o sistema nervoso pode ser um dos causadores das síndromes miofasciais. Não se esqueça de dormir bem, de 6 a 8 horas diárias. Neste artigo, você confere dicas para fazer uma boa higiene do sono.
Em caso de qualquer sintoma, dor ou incômodo, busque pela ajuda de um ortopedista. Aqui na CM Martins, as consultas são com o Dr. Thiago Barbosa, especialista nesse ramo. Entre em contato e agende a sua visita. E nada de se automedicar! Essa prática poderá piorar o seu quadro ou retardar o seu tratamento.
Gostou de conhecer mais sobre as síndromes miofasciais? Caso tenha ficado alguma dúvida, deixe aqui nos comentários que tentaremos esclarecê-la. E para continuar a receber nossos conteúdos sobre saúde e bem-estar, acompanhe regularmente nosso blog e nossas redes sociais.