Treino intenso: saiba por que isso pode causar fratura por estresse

Treino intenso: saiba por que isso pode causar fratura por estresse

A prática esportiva, se feita de forma errada ou em excesso, pode resultar em um problema bem doloroso: a fratura por estresse. Saiba mais sobre isso neste artigo.

 

Atletas, profissionais e amadores, se dedicam diariamente a conquistarem novos recordes. Porém, a prática esportiva sem certos cuidados, ou até mesmo treinos muito intensos, pode ter resultados negativos no corpo dessas pessoas. Como tendinite, dores nas articulações e fratura por estresse.

Claro que são vários os fatores responsáveis pelo problema. E para que você possa fazer suas atividades sem medo, preparamos este artigo. Nele, compartilharemos informações importantes sobre esse problema que acomete muitos esportistas. Continue a leitura e saiba mais! 

 

Fratura por estresse: o que é o problema

Basicamente, as fraturas por estresse são pequenas fissuras ou hematomas em um osso que é submetido a grandes impactos. Também, são resultantes de  uma carga excessiva  e em grande intensidade, sem o devido repouso e progressão correta da atividade física.

Ocorrem quando os músculos ficam cansados e não conseguem mais absorver o choque do exercício. Assim, a estrutura muscular transfere a sobrecarga para o osso, resultando em pequenas rachaduras.

Esse é um problema bem comum em atletas, corredores, bailarinos e pessoas que executam as atividades físicas erroneamente. Principalmente, em esportistas do sexo feminino, por conta das alterações hormonais decorrentes da atividade esportiva, associada às mudanças nutricionais. E, geralmente, são mais afetados os ossos de sustentação do peso corporal, como pés e pernas.

A fratura por estresse também pode ocorrer em pessoas com ossos enfraquecidos, devido a outros problemas de saúde, como a osteoporose. Nesse caso, qualquer atividade, mesmo de pequeno impacto, pode causar a fissura.

Além disso, pode ser classificada de duas formas que visam a facilitar o diagnóstico médico. As fraturas de baixo risco são as de bom prognóstico para solidificação, pois estão localizadas na área de compressão do osso. Já as de alto risco, possuem um prognóstico ruim para consolidação, porque se encontram na zona de tensão óssea. 

 

Fatores causadores da fratura por estresse

Como mencionamos, a principal causa da fatura por estresse é a sobrecarga do osso do indivíduo. Geralmente, provocada por treinos intensos, sem descanso. A mudança repentina de superfícies e equipamentos usados inadequadamente também podem ajudar na ocorrência da fissura. Porém, há diversos outros fatores que contribuem para que o problema aconteça. Entre eles, separamos alguns, como você pode conferir na sequência.

 

Problemas nos pés

Indivíduos que possuem pés planos ou com arcos rígidos, correm mais risco de desenvolver a fratura por estresse. Além disso, os calçados muito utilizados e desgastados, contribuem para o surgimento do problema, também. As pisadas irregulares, tanto para o lado interno ou externo, têm mais probabilidade de resultarem em fratura.

 

Aumento da atividade

As faturas por estresse também são frequentes em pessoas que mudam drasticamente o seu estilo de vida. Como sedentários que iniciam um treino intenso, sem o aumento gradual da atividade, frequência e intensidade.

 

Ossos e músculos fracos

Como mencionamos, condições que enfraquecem os ossos facilitam que a fatura por estresse ocorra. Além disso, indivíduos que possuem uma musculatura mais fraca, também têm mais chances.

 

Deficiência de nutrientes

Falta de vitamina D, cálcio, distúrbios de alimentação e uma dieta pobre em nutrientes podem tornar os ossos mais fracos, o que ajuda na ocorrência das fissuras.

 

Confira os sintomas

Entre os sintomas mais comuns da fratura por estresse está a dor, que pode se apresentar de forma aguda, na área óssea afetada (que se torna sensível ao toque). Além disso, também podemos citar:

  • desconforto durante uma corrida, que fica pior durante o exercício;
  • queda no desempenho esportivo;
  • edema após esforço, na região;
  • dor durante o repouso.

É muito importante enfatizar que os sinais não aparecem de repente. Então, caso note os sintomas subitamente, é de extrema urgência a busca por ajuda profissional.

 

Conheça como acontece o diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da fratura por estresse é feito em consultório, por um médico que analisará três fatores. O primeiro é a avaliação do histórico do paciente, quando o profissional faz uma série de perguntas sobre a rotina do indivíduo.

Após a realização da entrevista, o médico realiza a avaliação física. Se constar dor durante a palpação e edema no local, o especialista solicita um exame de imagem, que pode ser uma radiografia ou até mesmo uma ressonância magnética, para assegurar o diagnóstico.

Após a confirmação do problema, dá-se início ao tratamento, que é mais conservador, especialmente em fraturas de baixo risco. Então, é feita a interrupção das atividades de impacto, com exceção de exercícios na água, alongamentos e de fortalecimento. Em alguns casos, é recomendada a utilização de muletas, analgésicos e anti-inflamatórios.

Já nas fraturas de alto risco, o tratamento é realizado de forma mais rigorosa, com repouso absoluto e imobilização. Quando esses procedimentos não são efetivos, o tratamento cirúrgico pode ser indicado.

 

Descubra como prevenir as fraturas por estresse

Existem algumas práticas que podem prevenir a ocorrência das fraturas por estresse. A primeira delas, claro, é a ajuda de um profissional para iniciar corretamente os treinos esportivos. Isso porque, dessa maneira, você poderá aumentar lentamente o volume, frequência e intensidade. Além disso, a utilização de sapatos corretos para cada atividade é muito importante.

Correr em superfícies mais variadas e mais macias, com faixa de amortecimento, pista própria para corrida ou grama, também ajudam a evitar que o problema apareça. Além disso, é importante cuidar da alimentação, pois, uma dieta rica em cálcio, vitamina D e outros nutrientes, contribuem para que os ossos continuem fortes.

Ainda, a mistura de atividades de baixo e alto impacto colaboram para que as fraturas por estresse não aconteçam. Então, uma ótima dica é a mistura de corrida com natação, por exemplo.

 

Esse foi nosso artigo sobre fratura por estresse. Lembramos que a automedicação é muito perigosa e pode agravar o seu problema. Em caso de qualquer sintoma, agende uma avaliação com o nosso especialista em ortopedia. E, para continuar sabendo como melhorar a sua saúde, acompanhe o nosso blog.

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