Cefaleia é o termo técnico para um incômodo muito popular: a dor de cabeça. Neste artigo você descobrirá quais são os tipos mais comuns e suas principais causas.
É muito provável que você já tenha vivenciado um episódio de dor de cabeça em algum momento. Essa é uma condição muito comum e atinge pessoas de todas as idades, independente do sexo. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), ela afeta por volta de 140 milhões de brasileiros e ocupa o sétimo lugar entre os distúrbios mais incapacitantes do mundo. Entretanto, nem toda cefaleia é igual. Na verdade, a condição é subdividida em diferentes tipos.
Essa sensação, que costuma ser bastante incômoda, pode afetar partes distintas da cabeça e são inúmeros os fatores que podem desencadeá-la. O uso de óculos com grau inadequado, falta de sono ou, até mesmo, a fome, podem ser as responsáveis por iniciar uma crise de cefaleia. Também pode ocorrer em decorrência de alguma alteração física, psicológica, emocional ou, ainda, surgir como um efeito colateral de algum medicamento.
Apesar da sua grande incidência, dores de cabeça frequentes não devem ser negligenciadas. É preciso estar atento aos sinais e procurar ajuda médica, caso a cefaleia venha com muita intensidade ou se mantenha por muitos dias.
Para que você consiga identificar as diferenças entre os tipos de cefaleia, é preciso entender as suas classificações. Conforme sua causa, podem ser divididas em primárias ou secundárias.
Continue lendo e descubra quais são as principais características de cada uma. Acompanhe.
Saiba o que é a cefaleia primária
A cefaleia é considerada primária quando tem por principal característica ser, ao mesmo tempo, a doença e o próprio sintoma. Ou seja, não decorre de algum outro problema. É o tipo mais recorrente e tem uma intensidade variável, podendo chegar ao ponto de debilitar e incapacitar a pessoa de exercer qualquer atividade. Conheça agora os tipos mais comuns de cefaleia primária.
Tensional
Dentre os tipos primários, essa é a cefaleia de maior incidência. Segundo outra pesquisa da Sociedade Brasileira de Cefaleia, 69% dos homens e 88% das mulheres são atingidos por ela durante a vida. Pode ser aguda ou crônica e recebe esse nome por conta da tensão gerada na musculatura do pescoço, ou seja, na região cervical.
Tem a característica de ser uma dor bilateral e sua intensidade varia entre leve e moderada. Não costuma ter algum tipo de sintoma acompanhante. Tem uma duração média de 30 minutos, podendo durar até 7 dias. Seu tratamento é realizado por meio de medicamentos.
Em Salvas
Ao contrário da forma tensional, a cefaleia em salvas é unilateral. Geralmente, ocorre na região têmporo-frontal, rosto e também no “fundo” dos olhos. É uma dor pulsante e tem grande intensidade. Geralmente, vem acompanhada de coriza, congestão nasal e lacrimejamento no mesmo lado afetado.
Sua duração vai de 15 minutos a 3 horas e costuma ocorrer sempre no mesmo horário. Tem uma relação direta com distúrbios do sono. Isso porque estima-se que ela tenha origem no hipotálamo, região cerebral responsável pelos ciclos de sono-vigília, o que também explica a sua maior incidência durante a madrugada.
A administração de analgésicos é a forma de tratamento mais utilizada. É uma condição que tende a se repetir diariamente, podendo se estender por meses. Mas, apesar disso, é possível que haja remissão espontânea e nunca mais aconteça.
Enxaqueca
A enxaqueca, ou migrânea, é um dos tipos mais conhecidos de cefaleia e também mais incisivos. É uma dor considerada pulsante. Devido a sua intensidade, geralmente, ela pode fazer com que o indivíduo fique impossibilitado de realizar qualquer atividade, obrigando-o a ficar em repouso. Costuma atingir apenas um lado da cabeça, mas isso não é uma regra. Sua duração pode variar de 3 a 72 horas. Pode ser classificada da seguinte forma:
- Migrânea com aura: apresenta sintomas que precedem a dor, (por exemplo: flashes de luz na visão);
- Migrânea sem aura: acontece sem a ocorrência de sintomas prévios.
Tende a surgir na adolescência, mas ocorre em qualquer fase da vida. Atinge, na maior parte das vezes, as mulheres. Enjoos, vômitos, irritabilidade, sensibilidade à luz, ao som e aos movimentos são sintomas correlacionados. O diagnóstico é clínico e considera o tempo de duração da crise, o tipo de dor e os sintomas que a acompanham. Ainda que não haja uma cura definitiva para a enxaqueca, ela pode ser tratada.
Conheça os detalhes da cefaleia Secundária
Para ser considerada do tipo secundária, a dor de cabeça necessariamente precisa se apresentar como um sintoma de outra doença. Algumas delas ocorrem com maior frequência, como infecções bacterianas e virais. Como exemplo, temos as gripes, resfriados, sinusites e meningites. Mas, também podem ocorrer em consequência de um tumor ou lesão crânio-cerebral. As causas mais comuns são:
- infecção do sistema nervoso;
- pós-trauma cranioencefálico;
- trombose venosa cerebral;
- aneurisma intracraniano;
- tumores cerebrais.
Como você pode imaginar, quando ocorrem, são situações de alto risco e que podem levar à morte ou deixar sequelas graves. Neste caso, podemos citar o aneurisma e o acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC.
De qualquer modo, independente do tipo de dor de cabeça, essa é uma condição muito desconfortável. Como mencionamos anteriormente, essa enfermidade tem um espectro bastante alargado. Pode se apresentar por meio de sintomas muito leves ou chegar ao ponto de incapacitar o indivíduo.
Quando a frequência é baixa, muitas vezes, pequenos ajustes na alimentação e no estilo de vida como um todo, talvez, já sejam suficientes para evitar novos episódios. Porém, se a pessoa apresentar cefaleia de duas a três vezes por semana, é aconselhado que se busque auxílio médico. O diagnóstico é feito por intermédio do levantamento do histórico do paciente, seguido por exames clínicos e neurológicos. Os testes mais comuns são a ressonância magnética, tomografia de crânio e o eletroencefalograma.A cefaleia precisa ser analisada com seriedade, pois pode indicar a presença de outras doenças mais graves. Converse sempre sobre seus sintomas com o seu médico. Entre em contato com um de nossos atendentes e agende uma consulta com um de nossos especialistas.