Olho seco? Saiba o que pode ser e como prevenir essa síndrome

Olho seco? Saiba o que pode ser e como prevenir essa síndrome

Ela é mais comum do que se pensa, mas pode ter consequências graves, como a cegueira. Leia sobre a Síndrome do Olho Seco e conheça os sintomas e tratamento.

Você tem a sensação de secura, irritação, quase como se tivesse com areia nos olhos? Então, é bom prestar atenção neste artigo. Especialmente, se você é mulher e já está na menopausa. Os sintomas citados acima são os mais comuns associados à Síndrome do Olho Seco, também chamada de Síndrome da Disfunção Lacrimal.

O problema aparece quando ocorre alguma alteração na produção ou na qualidade da lágrima, que se torna insuficiente para manter o olho lubrificado. Mas, essa é uma doença multifatorial e aspectos ambientais (como ar condicionado e poluição) também podem desencadear a Síndrome do Olho Seco.

Conheça mais sobre as possíveis causas, os principais sintomas e o que pode ser feito para que você não seja um dos cerca de 18 milhões de brasileiros acometidos pela Síndrome do Olho Seco. Acompanhe.

 

Síndrome do Olho Seco: entenda o que é a doença

Sabia que algumas pessoas não produzem lágrimas suficientes nem ao menos para chorar? Esses são, claro, casos extremos da Síndrome do Olho Seco. A boa notícia é que cerca de 90% dos casos são de fácil tratamento, bastando apenas alguns cuidados sob aconselhamento médico.

Mas as lágrimas não são apenas para demonstrar emoções. Todos nós produzimos lágrimas o tempo todo para manter o globo ocular lubrificado, além de limpar e defender os olhos contra micro-organismos. 

E ao contrário do que muita gente pensa, elas não são salgadas. As lágrimas são compostas basicamente por gordura, muco e água. No momento em que piscamos, esses três elementos se misturam e se espalham na superfície dos olhos. O ideal é que a próxima piscada ocorra antes do evaporamento da lágrima, em uma média de nove vezes por minuto. Esse número cai drasticamente quando olhamos para telas (ou até mesmo um livro): 3 vezes por minuto.

Horas em frente ao computador também podem ser uma das causas da Síndrome do Olho Seco, como você pode conferir a seguir.

 

As possíveis causas da aridez ocular

Entre os mais jovens, o uso do computador e as horas em frente às outras telas, como TV e tablet, são os principais responsáveis pelo surgimento da Síndrome do Olho Seco. Entretanto, a síndrome pode ser deflagrada por dois motivos: rareamento da produção lacrimal, que é o caso de quem passa horas vidrado nas telas, ou alteração da composição da lágrima, o que faz com que ela evapore mais rápido. 

Algumas das causas para o surgimento da disfunção lacrimal são:

  • Alterações hormonais que causem mudanças na composição aquosa da lágrima, incluindo o uso de anticoncepcionais;
  • Questões ambientais como muito tempo em locais com ar condicionado, poluição excessiva e fumaça;
  • Blefarite (inflamação na região dos cílios que cria uma espécie de caspa que obstrui o canal lacrimal);

  • Uso de medicamentos como antidepressivos, betabloqueadores e antialérgicos;
  • Diabetes, que ocasiona também outros problemas de visão;
  • Doenças autoimunes, como artrite e lúpus.

O diagnóstico da Síndrome do Olho Seco é feito no consultório por meio de testes clínicos para averiguar a produção das lágrimas. Entretanto, apenas um oftalmologista pode diagnosticar e determinar a causa, podendo, assim, prescrever o tratamento mais adequado.

 

Os principais sintomas da Síndrome da Disfunção Lacrimal

Lembra dos sintomas que você leu no começo do texto? Eles são os principais indicativos de que você pode ter a Síndrome do Olho Seco. Mas, além da sensação de secura, irritação e de corpo estranho no globo ocular, outros sinais podem mostrar que é preciso consultar um oftalmologista. 

  • Fotofobia (aversão à luz olhos vermelhos);
  • Dor quando em contato com o vento;
  • Uso de lentes de contato;
  • Coceira;
  • Ardor.

Em casos mais graves, os pacientes podem apresentar maior produção de muco nos olhos e dificuldade de movimentar as pálpebras.

 

O tratamento da Síndrome do Olho Seco

Antes de ler sobre o tratamento, é bom esclarecer um ponto: a Síndrome do Olho Seco não tem cura. Porém, conviver com o diagnóstico pode ser tranquilo se o tratamento for levado a sério e as consultas com o oftalmologista, forem regulares.

O tratamento é feito à base de colírios, que podem ser lágrimas artificiais ou conter outras substâncias, como anti-inflamatórios e antibióticos. Embora os colírios possam ser vendidos como “alívio” para o olho seco, não é recomendada a aplicação sem orientação médica. Usar colírios inadequados para o seu caso pode agravar o quadro e até causar cegueira.

 

Recomendações para evitar a Síndrome do Olho Seco

Como a Síndrome do Olho Seco pode ser causada por alterações hormonais ou uso de medicamentos, manter as consultas médicas em dia é o primeiro passo para detectar qualquer anormalidade que possa dar início ao problema. Entretanto, alguns cuidados podem ser tomados para manter os olhos bem lubrificados e evitar a obstrução do canal lacrimal.

  • Quem usa maquiagem diariamente deve ter atenção redobrada. Limpar bem a região dos olhos com demaquilantes evita que resíduos de produtos se acumulem, obstruindo o canal e alterando a composição da lágrima;
  • Ao permanecer em frente ao computador ou smartphone, pisque! Como já vimos, períodos de concentração diminuem a quantidade de piscadas, ressecando o globo ocular;
  • Coloque ômega 3 na dieta. Ele ajuda na composição da camada de gordura da lágrima, o que evita a rápida evaporação entre as piscadas;
  • Tanto o ar seco quando o ar condicionado aceleram o processo de evaporação, portanto, é recomendado umidificar os ambientes;
  • Beber água é fundamental para manter a saúde dos olhos. Assim como a pele, eles desidratam.

 

É importante ressaltar que pacientes com Síndrome do Olho Seco diagnosticada devem ter consultas oftalmológicas com frequência. Esse cuidado evita as complicações, que incluem lesões permanentes na córnea e cegueira.

Neste artigo, você viu que a Síndrome do Olho Seco não é tão rara quanto se pensa, especialmente para mulheres, mas que podem atingir até mesmo pessoas jovens. Portanto, mantenha a saúde dos olhos em dia seguindo essas dicas e, claro, visitando o oftalmologista regularmente.Caso você tenha algum dos sintomas descritos acima, entre em contato conosco e agende uma visita com um especialista em oftalmologia!

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